quinta-feira, 2 de maio de 2024

Periquito-rei (Eupsittula aurea)

 

Periquito-rei, zona urbana do município de Inhambupe. Foto Gilson Santana

O periquito-rei  é uma ave psittaciforme, das mais conhecidas e abundantes representantes da família Psittacidae em nosso País.
Conhecido também como periquito-cabeça-de-coco (Minas Gerais), periquito-estrela, ararinha e cabecinha de coco (Goiás), jandaia-estrela, jandaia-coquinho, aratinga-estrela, coquinho-de-ouro, jandaia, maracanã-de-testa-amarela (Amapá). Não é considerado ameacado. Embora seja comum e muito abundante, já desapareceu de grandes extensões da Argentina. Não obstante, em outras áreas a população aumentou, possivelmente devido ao cultivo. É frequente em cativeiro e amplamente comercializado.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) eu = bom; e do (latim) psitta = periquito, papagaio; e do (grego) aurea = da cor do ouro, dourado. ⇒ Periquito bom dourado.

Características

Mede cerca de 25-29 centímetros de comprimento e pesa cerca de 86 gramas. Cabeça verde com uma faixa dianteira cor de pêssego, face azulada, ventre verde-amarelado. Tem a região ao redor dos olhos laranja nos adultos e cinzenta nos juvenis. Não apresenta dimorfismo sexual.

Alimentação

Trepando na ramaria, utiliza o bico como um terceiro pé e usa as patas para segurar a comida, levando-a à boca. Normalmente, aprecia as sementes e não a polpa das frutas, porém gosta de comer polpa de caju. Também se alimenta da amendoa da castanha dos maturis que é quando o caju ainda está verde. Procura por mangueiras, jabuticabeiras, goiabeiras, laranjeiras e mamoeiros. Aprecia muito os mulungus (Erythrina sp), os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa) e também os botões florais de várias espécies de guanxuma (Sida spp.).

Reprodução

O período reprodutivo ocorre de setembro a dezembro. Para nidificar utiliza troncos ocos de palmeiras ou de outras árvores, porém é comum reproduzir em buracos de rochas erodidas, ou até mesmo em barrancos ou cupinzeiros. Esses cupinzeiros geralmente têm forma circular e são encontrados em árvores do cerrado, entre 1,5 e 5,0 metros de altura. Cava um túnel vertical na parte inferior do cupinzeiro e abre uma câmara de postura em seu terço superior. A parte não escavada continua ocupada pelos cupins, que selam as galerias expostas. A postura é de três ovos. Os filhotes são alimentados com frutos e sementes quebrados, regurgitados pelos pais.

Hábitos

Presente em grande variedade de habitats, especialmente no cerrado, mata secundária, campos de cultura, buritizais e até em manguezais, até 600 metros. Em alguns lugares é considerado praga nas plantações. Vive em casal, que permanece unido por toda a vida. Desloca-se velozmente, às vezes intercala entre séries de rápidas batidas um voo de asas fechadas. É comum vê-lo em bandos. Está se adaptando ás áreas urbanas com um pouco de arborização.

Em Inhambupe, no interior do estado da Bahia, são frequentemente vistos em bandos, deslocando-se com bastante velocidade. Podemos vê-los facilmente em praticamente qualquer mata, e também  no centro  da cidade,  em praças e áreas verdes .


FONTE:

https://www.wikiaves.com.br/wiki/periquito-rei

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Besourinho-de-Bico-Vermelho (Chlorostilbon lucidus)

Besourinho-de-bico-vermelho, zona rural do município de Inhambupe. Foto Gilson Santana
 

Besourinho-de-bico-vermelho

O besourinho-de-bico-vermelho é uma ave apodiforme da família Trochilidae. Também conhecido como beija-flor-besourinho-de-bico-vermelho (Pernambuco), beija-flor-de-bico-vermelho, esmeralda-de-bico-vermelho.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) khlöros = verde; e stlibön, stilbë = brilhante,lâmpada; e do (latim) lucidus, lux, lucis = brilhante, luminoso, luz. ⇒ Pássaro verde lumiminoso ou pássaro verde brilhante.

Esta espécie era representada pelo nome científico de Chlorostilbon aureoventris.

Características

Esse beija-flor mede entre 7,5 e 10,5 centímetros de comprimento e pesa entre 3 e 4,5 gramas.
Como seu nome já diz, seu bico é vermelho com a ponta negra. Sua plumagem verde-brilhante abrange as partes dorsal e ventral, apresentando um brilho dourado mais intenso na fronte e mais azulado na garganta. As penas da cauda são de coloração azul metálico iridescente e visivelmente bifurcada.
A fêmea distingue-se por uma linha curva branca atrás dos olhos e pela ponta da cauda esbranquiçada. Sua mandíbula apresenta coloração mais discreta que a mandíbula do macho da espécie.
A plumagem dos jovens da espécie são similares à da fêmea. Quando jovem, sua mandíbula apresenta-se escura. Os machos imaturos apresentam as penas claras da garganta, peito e ventre mescladas por penas verde-azuladas iridescentes.
Possui vocalizações distintas para expressar ataque, arma etc., frequentemente entoadas em voo.

Manifestações sonoras: tem voz aguda, às vezes a vocalização é quase inaudível para o ser humano.

Subespécies

Possui quatro subespécies reconhecidas:

  • Chlorostilbon lucidus lucidus (Shaw, 1812) - ocorre no leste da Bolívia até o Paraguai, na região oeste e central do Brasil;
  • Chlorostilbon lucidus berlepschi (Pinto, 1938) - ocorre no sul do Brasil do Rio Grande do Sul até o Uruguai e no nordeste da Argentina;
  • Chlorostilbon lucidus pucherani (Bourcier & Mulsant, 1848) - ocorre no leste do Brasil do estado do Maranhão e Ceará até o estado do Paraná;
  • Chlorostilbon lucidus igneus (Gould, 1861) - ocorre no noroeste da Argentina na região de Jujuy e no Chaco até a região de Mendoza e San Luis.

Alimentação

Alimenta-se quase que exclusivamente em voo e é adaptado para sugar o néctar das flores. Também come insetos e aranhas. Aprecia muito a Ruélia-azul (Ruellia coerulea) principalmente nas primeiras horas do dia,onde a oferta de nectar é maior.

Reprodução

Pode nidificar em diversos locais: nas raízes pendentes dos barrancos das estradas; nos ramos de pequenos arbustos; nos pés de café ou rente a uma folha. A parte externa das paredes do ninho são ornamentadas com líquens, fragmentos de folhas e ramos, que às vezes se prolongam pela parte inferior do ninho, tornando-o camuflado com o ambiente.

Geralmente tem postura de 2 ovos que eclodem entre 15 e 18 dias, neste período a mãe sai poucas vezes para se alimentar mantendo assim os ovos sempre protegidos do sol e da chuva, após seu nascimento o filhote permanece por aproximadamente 20 dias antes de sair do ninho para a vegetação próxima, permanece na área entre 5 e 7 dias realizando pequenos voos e ganhando confiança, nesta fase continua sendo alimentado pela mãe até o momento de ir embora de vez, os filhotes geralmente são infestados de pichilingas.

O macho não participa do processo de criação dos filhotes.

Durante esse período não se percebe o dimorfismo sexual característico da espécie.

Hábitos

Vive em jardins e quintais floridos, capoeiras ralas, áreas abertas e matas de candeias floridas. Durante as horas da sua maior atividade é muito agressivo. Tem necessidade de limpar-se frequentemente devido ao constante contato com o líquido viscoso das flores. Gosta de tomar banho de sol e se espreguiça após o descanso. Dorme de bico para a frente, a cabeça um pouco levantada, posição semelhante à que assume durante a chuva e quando canta. Coloca frequentemente as asas por baixo da cauda. Pousa abertamente em galhos finos para dormir.





Distribuição Geográfica

Pode ser encontrado no Nordeste e do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul.


FONTES:

https://www.wikiaves.com.br/wiki/besourinho-de-bico-vermelho

https://www.biodiversity4all.org/taxa/6085-Chlorostilbon-lucidus

terça-feira, 30 de abril de 2024

Alpaida carminea

Alpaida carminea, zona rural do município de Sátiro Dias. Foto Gilson Santana
 

Alpaida carminea é uma espécie de aranha tecedora de orbe do gênero Alpaida , família Araneidae , ordem Araneae . ​Foi descrito por Taczanowski em 1878.

Está distribuído por toda a América do Sul: Peru, Brasil, Paraguai e Argentina. Foi publicado em Les Aranéides du Pérou central. Horae Societatis Entomologicae Rossicae 14: 140-, 175.


FONTE:

https://es.wikipedia.org/wiki/Alpaida_carminea





segunda-feira, 29 de abril de 2024

Corredeira-verde/cobra-cipó (Philodryas olfersii)

Cobra-cipó, zona rural de Sátiro Dias. Foto de Gilson Santana
 


A serpente  Philodryas olfersii apresenta coloração verde com uma faixa longitudinal de cor marrom no dorso, que vai da cabeça até a cauda. Conhecida como cobra cipó ou cobra verde, a espécie tem um tamanho mediano, atingindo cerca de 1,5 m de comprimento total, e com cauda relativamente longa, que corresponde entre 23 e 36% do tamanho corporal.  As fêmeas atingem maior tamanho corporal que os machos. Este ofídio pertencente à família Dipsadidae tem ampla distribuição na América do Sul. No Brasil são encontrados desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul. Habita áreas abertas, como o cerrado e matagal árido (Caatinga), mas é mais provável de ser encontrada em zonas de transição e nas florestas. Possui atividade diurna e alimenta-se de pequenos mamíferos, aves, anuros e lagartos. É ovípara, havendo registros de desovas constituídas por sete e oito ovos. Seu comportamento defensivo consiste basicamente em fugir rapidamente pelo chão ou sobre a vegetação, porém quando acuada ou capturada, morde com extrema agilidade.

A espécie que até então era considerada não peçonhenta, entra na lista das serpentes peçonhentas. Há casos de envenenamento humano relatados na literatura e o óbito de uma criança de dez meses, ocorrido em 1993, no Brasil, na cidade de Caçapava do Sul, RS.

As características clínicas dos episódios de intoxicação em seres humanos causados por esta serpente incluem edema (inchaço), eritema e equimoses (manchas escuras), linfadenopatia regional (dilatação de linfonodos), efeitos neurotóxicos e miotóxica. Estes sintomas são parecidos aos do envenenamento botrópico (jararaca), isso porque o veneno da serpente Philodryas olfersii é composto de enzimas que são biologicamente semelhantes aos do veneno botrópico. Muitas vezes, devido a não identificação da cobra e o quadro clínico apresentado, a vítima da P. olfersii é tratada como se tivesse sido mordida por serpentes do gênero Bothrops.

Há uma baixa incidência de acidentes causados por P. olfersii  devido à anatomia dos dentes, pois são serpentes opistóglifas, ou seja, possui o dente inoculador de veneno situado no fundo da boca, na porção posterior do maxilar superior, dificultando a inoculação do veneno.

Não existe soro específico para acidentes com a cobra cipó. Uma vez que a cobra foi identificada, o tratamento é realizado observando-se os sintomas apresentados pela vítima que incluem a administração de analgésicos, anti-inflamatórios e controle de diurese.

Mesmo sabendo que pequenas proporções dos acidentes por P. olfersii causam envenenamento humano é necessário um maior investimento no estudo das toxinas dessas serpentes e até mesmo a produção de um soro específico para o tratamento, uma vez que a falha em neutralizar as toxinas poderia comprometer a região afetada e órgãos ou causar a morte.


FONTES:

https://blog.portaleducacao.com.br/nao-se-engane-com-a-cobra-cipo-envenenamento-por-philodryas-olfersii/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Philodryas_olfersii

https://www.biologohenrique.com/acidentes/philodryas

domingo, 28 de abril de 2024

Dia Nacional da Caatinga

 


Caatinga, zona rural do município de Inhambupe. Foto Gilson Santana

Neste dia 28 de abril comemoramos o Dia Nacional da Caatinga. A Caatinga é exclusiva do Brasil, localiza-se inteiramente na região do Semiárido, e ocupa cerca de 11% do território nacional e 70% da Região Nordeste. Apresenta uma grande biodiversidade. Seu nome deriva da língua Tupi, significa “mata branca”, em referência ao aspecto claro da vegetação que frequentemente perde as folhas durante a estação seca do ano.

Caatinga, Zona rural de Sátiro Dias. Foto Gilson Santana

Com uma biodiversidade única, a Caatinga abriga diversas espécies de fauna e flora, somente de plantas, por exemplo, são 4.963 espécies registradas, muitas das quais são endêmicas, ou seja, ocorrem apenas nessa região.

Caatinga, zona rural de Aporá. Foto Gilson Santana

A "fauna da Caatinga é bastante diversificada, mas não tão conhecida, havendo diversas espécies de animais endêmicos. Os animais que se encontram na região abrangida por esse bioma apresentam características de adaptação ao clima, assim como as plantas, como o desenvolvimento de hábitos noturnos, comportamentos migratórios e “hibernações" (capacidade de algumas espécies de lidar com condições climáticas hostis).

Falcão carrapateiro, zona rural de Inhambupe. Foto Gilson Santana

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga apresenta:

178 espécies de mamíferos;

591 espécies de aves;

117 espécies de répteis.

117 espécies de répteis;

79 espécies de anfíbios;

241 espécies de peixes;

221 espécies de abelhas.

Dos animais encontrados nesse bioma, destacam-se:"

Apesar de sua importância, a Caatinga segue ameaçada, cuja área corresponde a mais desmatada do país, principalmente por atividades de pecuária e agricultura, em grande parte, para subsistência de pequenas propriedades agrícolas localizadas no Semiárido. A degradação do solo e a diminuição da cobertura vegetacional também têm contribuído para o aumento da desertificação.

Desse modo, o Dia Nacional da Caatinga (28 de abril) se revela uma data importante de mobilização social sobre o alarmante estado de ameaça e a necessidade de preservar essa região. São urgentes ações de reflorestamento, incentivos à agricultura sustentável e educação ambiental, além de ampliação da cobertura de unidades de conservação e criação de novas. Essas medidas podem ser fomentadas pelo poder público e cobradas pela sociedade civil para proteger a Caatinga e garantir a sobrevivência das espécies que habitam essa região única no mundo.

Flor silvestre, zona rural de Inhambupe. Foto Gilson Santana,

 FONTES:

https://www.gov.br/insa/pt-br/assuntos/noticias/28-de-abril-dia-nacional-da-caatinga#:~:text=A%20degrada%C3%A7%C3%A3o%20do%20solo%20e,necessidade%20de%20preservar%20essa%20regi%C3%A3o.

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/caatinga.htm

Caranguejeira-Joia-Brasileira (Typhochlaena seladonia)

 

                    

Caranguejeira-Joia-Brasileira, zona rural do município de Inhambupe. Foto Gilson Santana

Caranguejeira-Joia-Brasileira, zona rural do município de  Sátiro Dias. Foto Gilson Santana




A tarântula joia brasileira, embora não sejam frequentemente vistas , são uma das aranhas mais lindas que se conhece até o dia de hoje. Um aranha de alçapão arborícola anã impressionante, cheia de cor e coragem. Elas compõem seus alçapões como um artista pintando sua própria casa. A Tarântula seladonia arranca pedaços de casca e líquen da árvore na qual estão construindo o alçapão para construir uma pele (tampa) altamente camuflada. Até recentemente, pouco se sabia sobre essa espécie. Hoje em dia, existem várias dezenas de espécimes nos Estados Unidos (muitas levadas de maneira ilegal), que se tornarão mais comuns com o tempo.


INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS

Nome científico: Typhochlaena seladonia

Família: Theraphosidae

Subfamília: Aviculariinae.

Também conhecido como: Tarântula Joia Brasileira

Tipo: Aranha arborícola.

Categoria: Tarântula do Novo Mundo.

Cerdas urticantes: sim (abdômen).

Área de ocorrência: Bahia e Sergipe – Brasil (devido ao estudo limitado e à impossibilidade de localizar, sua verdadeira extensão de distribuição ainda é desconhecida).

Comprimento do corpo: ≤ 2-3 cm.

Envergadura de pernas: ≤ 4-5 cm.

Taxa de crescimento: Médio.

Expectativa de vida: As fêmeas podem atingir a idade de 10 a 12 anos. Os machos vivem de 3 a 5 anos.

Comportamento: Em caso de estresse ela correrá, diferente das tarântulas da Subfamília Theraphosinae as aranhas da subfamília Aviculariinae não lançam cerdas urticantes, soltando-as apenas por fricção não própria. Elas fazem belas tocas de alçapão sob os troncos das arvores, camufladas com o que podem encontrar ao seu redor. Os pequenos saltos que eles fazem são notáveis. De modo geral, essa espécie pode ser considerada uma espécie bastante calma e tranquila.

INFORMAÇÃO GERAIS

Elas são encontrada principalmente em uma espécie de árvore chamada  Cajueiro-bravo (Curatella americana), sob a casca e em interseções de galhos próximos à parte inferior das árvores. 

FONTES:

https://tocadastarantulas.travel.blog/2021/06/04/typhochlaena-seladonia/

https://www.inaturalist.org/taxa/836415-Typhochlaena-seladonia

https://www.scielo.br/j/rbzool/a/DQQR5LcRZR959PYjftcwmyh/

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Jandaia-de-testa-vermelha (Aratinga auricapillus)

Jandaia-de-testa-vermelha, zona urbana do município de Inhambupe. Foto Gilson Santana


A jandaia-de-testa-vermelha (Aratinga auricapillus) é uma ave psittaciforme da família Psittacidae. Também conhecida como jandaia-mineira.

Características

Mede cerca de 30 centímetros de comprimento e pesa 130 gramas. Verde escura, somente com a parte anterior da cabeça e abdômen de coloração vermelho alaranjado lavados, sem o brilho encontrado na testa da ave. A testa, os lores e região orbital são de coloração vermelho alaranjado intenso, a coroa é amarela brilhante. As asas são verdes e apresentam as alulas azuis, as coberteiras primárias azuladas criando uma bela faixa azul na porção mediana da asa verde. As rêmiges primárias são verdes com as pontas azuladas. A cauda é longa, azul esverdeada e sem brilho.
O bico é escuro, quase preto, os olhos apresentam um anel periocular escuro e a íris cinza. Os tarsos e pés são cinza escuros.
Não há diferenças externas aparentes entre machos e fêmeas.

Subespécies

Possui duas subespécies:

  • Aratinga auricapillus auricapillus (Kuhl, 1820) - ocorre no Brasil no estado da Bahia, Alagoas e Sergipe;
  • Aratinga auricapillus aurifrons (Spix, 1824) - ocorre no Sudeste do Brasil do sul do estado da Bahia até o Sul do estado do Paraná.

Alimentação

O comportamento alimentar da jandaia-de-testa-vermelha é classificado como frugívoro. No entanto, tem outras fontes de alimento, incluindo sementes, pétalas e botões de flores, néctar e líquens. Durante um estudo de 2010 a 2012 sobre os hábitos alimentares das jandaias-de-testa-vermelha, observou-se que os pássaros ignoravam principalmente o exocarpo e o mesocarpo ou as camadas externas dos frutos para comer as sementes dentro. Entre os alimentos ingeridos, os pesquisadores observaram que comiam vários materiais vegetais de mutambamilho , paineiragoiabeiraamendoim-bravo e cinamomo . Além disso, a crescente paisagem antropogênica em torno do habitat da jandaia-de-testa-vermelha levou a um aumento no consumo de sementes e frutas exóticas cultivadas, incluindo cítricos, mamãomanga e milho.

Reprodução

Os casais nidificam isoladamente em ocos de pau, paredões de pedra e também embaixo de telhados de edificações humanas, o que ajuda muito na sua ocupação de espaços urbanos. Mantêm-se discretos quando nidificam em habitações, chegando e saindo do ninho silenciosamente e esperando pousados em árvores até que possam voar para o ninho sem serem percebidos. Como a maior parte dos psitacídeos, não coletam materiais para a construção do ninho, colocando e chocando os ovos diretamente sobre o solo do local de nidificação. Podem botar de 3 a 4 ovos. O período de incubação dos ovos de 24 dias.

Hábitos

Vive em bandos grandes, compostos de 30 a 40 aves ou mais, que dormem coletivamente em variados lugares.

Distribuição Geográfica

Ave endêmica do Brasil, habitando da Bahia ao norte do Paraná, Minas Gerais e sul de Goiás.

Em Inhambupe, no interior do estado da Bahia, são frequentemente vistos em bandos barulhentos , deslocando-se com bastante velocidade. Podemos vê-los facilmente em praticamente qualquer mata, e também  no centro  da cidade,  em praças e áreas verdes .


Conservação

Embora observado em declínio devido ao desmatamento com base em dados registrados nas áreas afetadas, as jandaias-de-testa-vermelha são mais comumente encontrados fora das florestas primárias e têm uma distribuição populacional em toda a Guiana, Brasil e Paraguai.Durante um levantamento publicado em 2018 de espécies de aves locais em Minas Gerais, no Brasil, receberam uma Frequência de Ocorrência “Frequente” em toda a região, e outros levantamentos relatando avistamentos no Parque Nacional da Chapada Diamantina e na Serra de Ouricana revelaram que a pequena população de jandaias-de-testa-vermelha consegue relativamente manter seus números.Os esforços de conservação direcionados às jandaias-de-testa-vermelha e à proteção de seu habitat também ajudaram a retardar o declínio, mas uma preocupação contínua com a possibilidade de caçadores furtivos que capturam pássaros exóticos como animais de estimação e a perda de habitat para gado, café, cana-de-açúcar e fazendas de soja mantém a espécie na categoria “quase ameaçada” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN / IUCN).Em 2005, foi classificada como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo; em 2014, como pouco preocupante no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;e como Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

 Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jandaia-de-testa-vermelha
https://www.wikiaves.com.br/wiki/jandaia-de-testa-vermelha